quinta-feira, 15 de setembro de 2011

                                                 
                                                                                                  

                          Transcendência.




               O inesperado 
                   tem a virtude de 'aos gritos'  
                         sussurrar aos sentidos.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Ouvindo o inaudível.

Por Vitalina de Assis.


Passamos uma vida inteira buscando  respostas e certamente algumas,  ao longo de nossa existência, jamais serão compreendidas, (disse compreendidas) outras brilhantemente sim.
Somos a somatória do que aprendemos no nosso núcleo familiar, do que nos ensinaram na escola, do conhecimento de mundo adquirido por experiências apreendidas, vivenciadas, e pelo uso diário que fazemos de nossa autonomia (compreendendo-me com um ser desvinculado de “a” ou “b”). Acrescida com o passar dos anos de maturidade, nossa autonomia logo compreende que o livre exercício do querer, não tão livre quanto imaginávamos de fato, requer um suporte. Assimilado isto, percebemos uma sabedoria universal e disponível sempre que nos encontrarmos diante do desconhecido, ou de bifurcações que nos exijam uma escolha.
Quantas vezes necessitamos de um direcionamento e, ainda que  conselhos chovam sobre nossa cabeça, talvez nenhum deles tenha o mágico poder de aliviar-nos. O que fazer então? Desesperar-se? Fugir de tudo e de todos (para que ir tão longe em busca de respostas?) como se isto fosse o “abre-te sésamo”? A solução ideal?
Que tal buscarmos a tão desejada resposta no nosso “eu” interior? Não faço alusão ao “eu” do centro, o qual nos torna egocêntricos, avessos a conselhos, ou mudanças.  Refiro-me ao “eu” que está conectado com o Divino que tem todas as respostas e pode facilmente, apontar-nos uma alternativa ainda não cogitada, uma saída de emergência, um plano "b".
Este “eu” interior nada egocêntrico, é uma porta aberta para aquela doce voz que se recusa a falar no 'vento', no 'terremoto', no 'fogo', mas que prontamente fala e é possível ouvi-la na brisa, na leveza do ser, no aquietar dos sentimentos conflitantes, na necessidade de um socorro ou conselho que está além do amigo, além das profecias, além do terapeuta, além das muitas vozes.        
Nosso eu interior carece de um “enfim sós”  quando todos se foram, quando a porta fechada está , quando reina apenas o silêncio para ouvirmos o que realmente importa. Em nossa conexão com o Divino está o "seguro" , ou “selo” de autenticidade que nos capacita a assumir o controle.
Não está ligado a doutrinas, líderes espirituais, livros de autoajuda, ou algo semelhante. Trata-se apenas do nosso bate fone vermelho, o linha direta com quem tem todas as respostas e saídas estratégicas. Como ouvi-lo? Como acessá-lo? Como beneficiar-se de seus conselhos infalíveis para uma mudança de comportamento, pensamentos, ou um novo direcionamento?
Não é difícil, mas também não  será um  mar de rosas, uma vez que silenciar e aquietar-se  soa absurdamente impossível em dados momentos.  Quando tudo em nós deseja gritar e chutar o balde,  insinuar-se como o politicamente correto, dê um tempo, respire fundo e ouça sua voz interior. É perfeitamente possível que em meio a este turbilhão no qual  se encontra, uma luz brilhe em seu caminho, uma voz faça toda a diferença. Ouça!